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Zenão de Eleia

Zenão de Eleia foi um dos grandes filósofos pré-socráticos da filosofia antiga grega. Discípulo de Parmênides, Zenão contribuiu para o pensamento filosófico formulando diversos paradoxos.

Biografia

Zenão
Zenão nasceu em 488 a.C. na cidade de Eleia, localizada na Magna Grécia, atual Itália.
Pertenceu a Escola Eleática, local em que desenvolveu seu pensamento. Foi discípulo de Parmênides (510-470 a.C.), defendendo a filosofia de seu mestre sobre os estudos do ser, da razão e da lógica. Para o filósofo grego Aristóteles, ele foi o criador do método dialético.
Além da filosofia, Zenão foi professor e se envolveu com a política. Se posicionou contra um dos tiranos que governava a cidade e assim, foi preso, torturado em praça pública e morto. Nesse evento, ele se recusou a delatar seus colegas, falecendo em 430 a.C.

Obras

Atualmente, podemos encontrar alguns trechos de suas obras mais destacadas:
  • Discussões
  • Contra os Físicos
  • Sobre a Natureza
  • Explicação Crítica de Empédocles

Principais Ideias

O filósofo elaborou diversos paradoxos, sendo que o mais importante é aquele que ficou conhecido como “Paradoxo de Zenão”, sem dúvida seu principal pensamento.
Esse conceito estava relacionado com a corrida de Aquiles e de uma tartaruga.
Na mitologia grega, Aquiles foi um herói grego muito veloz. No entanto, no Paradoxo de Zenão, ele perderia a corrida para a tartaruga.
Com isso, ele quis demonstrar a inexistência do movimento bem como do espaço, do tempo e da velocidade.
A partir da lógica, ele comprovou o equívoco das coisas, o que nos leva a uma conclusão errônea, que por sua vez, parece ser verdadeira.
Ou seja, a ilusão geraria esse pensamento errôneo sobre o mundo. Assim, procurou demostrar o absurdo e a falsidade gerada pelas impressões humanas.
A partir da dialética, ele criou diversos argumentos demostrando a inexistência do movimento. Foi contra o pensamento desenvolvido pelos pitagóricos, em que a multiplicidade do ser e do mundo fora explicada através dos números.
Sendo assim, Zenão acreditava na unidade do ser em detrimento da pluralidade. Nas palavras do filósofo: “O verdadeiro é apenas o um, todo o resto é não-verdadeiro”.
E.E Professor Leopoldo de Miranda (Julio, Gleyciane, Sara, Breno, Amanda, Robert, Lucas Pereira e Vitor Guilherme)

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